Moby Dick [****]








Herman Melville
Editora LandMark
528 Páginas



“Moby Dick” foi escrito pelo escritor norte-americano Herman Melville e publicado originalmente em três fascículos com o título “A Baleia”, em Londres, em 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral. Somente a partir de sua segunda edição que ganha seu título definitivo, “Moby Dick”.

A obra foi inicialmente mal-recebida pela crítica literária, assim como pelo público, mas com o passar do tempo tornou-se uma das mais respeitadas obras da literatura em língua inglesa. Inspirado pelas experiências pessoais do autor e por outros acontecimentos que marcaram o período, Moby Dick representa, além de uma complexa narrativa de ação, uma profunda reflexão sobre o confronto entre o homem e a natureza, ou segundo alguns especialistas, entre o homem e o Criador, reforçada pela ‘universalidade’ dos tripulantes do navio “Pequod”, o que sugere uma representação da Humanidade. Obra de profundo simbolismo, inclui referências a temas diversos como religião, biologia, idealismo, pragmatismo e vingança..." Continue lendo a sinopse aqui

Um comentário:

Jorge Fernandes Isah disse...

Em meio a outras leituras, ainda lendo "A Baleia. Estou na metade do livro, mais ou menos.
Muitos acham se tratar de um livro de aventuras, o que não é mentira; mas considera-lo apenas como tal é não compreender toda a trama intricada e, muitas vezes trabalhosa, que é decifrar a escrita de Melville. Ela transcende em muito esta ideia. Há de tudo um pouco, metafísica, religião, psicologia, historia, biologia, ódio, vingança, amizade, e tudo o mais que faz um grande romance, e muitas descrições em detalhes minuciosíssios.
É um livraço; mas não é leitura para todos. Há momentos em que, não raro, se pensa em desistir ou pular trechos inteiros (como as descrições sobre a natureza dos cachalotes ou barcos). Muitas vezes percebi-me perguntando: por que o autor está dando essas descrições? E, um pouco mais adiante, compreender que era necessário, pois Melville queria que "víssimos" claramente tudo o que ele via, e não escapásssemos ao seu realismo e à verdade da sua narrativa, entrando nela como um partícipe. De certa forma, o domínio e o conhecimento de cada particularidade dá história, por menor que seja, conferi-lhe autoridade e factualidade, e nos faz cúmplices dá narrativa. Não sei se foi esta exatamente a sua intenção, mas pareceu-me claro como objetivo.
Certo é que abandonar livro tão precioso será um dissabor para o bom leitor, ainda que ele não o perceba, se optar pela interrupção. Neste caso, tem de se ter persistência e insistência, para alcançar a recompensa. E ela não tarda em chegar; e chegará, para deleite e satisfação daqueles que não querem apenas uma aventura marítima, mas um mergulho na alma humana.

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]