A União das Naturezas do Redentor [***]




Heber Carlos de Campos
Editora Cultura Cristã
672 páginas


"O meu objetivo tem sido sempre apresentar uma matéria que tenha um suporte profundamente escriturístico, para o deleite dos que gostam de ler teologia fundamentada na infalível Palavra de Deus. O desafio a que me propus levou-me a trabalhar em áreas outrora desconhecidas para mim, como este assunto da unipersonalidade do Redentor. Essa unipersonalidade sempre haverá de escapar à nossa perfeita compreensão. Todavia, tento trabalhar neste livro com várias informações que Deus, em sua Palavra, fornece para o nosso conhecimento dessa maravilhosa e encantadora Pessoa Redentora"

16 comentários:

Anônimo disse...

672 pgs desse tema ! Estava procurando uma coisa dessas. Vamos ver o que o senhor diz sobre elas.

Abraço.
Matheus.

Jorge Fernandes Isah disse...

Matheus,

anda sumido...

Até agora, apesar do pouco tempo para ler, tenho gostado do livro. O Dr. Heber Campos é um teólogo entre os melhores que o Brasil tem. É pouco lido, porque suas obras são densas, vastas e, infelizmente, as pessoas se contentam com muitas boboseiras sem nexo, sem biblicidade, sem profundidade, sem o caráter reflexivo que o Dr. Heber imprime em seus textos. Cristãos, em sua maioria, pouco lêem a Escritura, e quase nada de teologia. Por isso é fácil enganá-los e enredá-los com doutrinas não-bíblicas.

Li o livro a "Providência e sua realização histórica", de mais ou menos 679 pg, e o livro é excelente. Discordei de um ou outro ponto, especialmente em relação ao compatibilismo, mas recomendo-o.

Meus comentários a ele podem ser lido aqui no blog, um pouco abaixo.

Grande abraço!

Cristo o abençoe!

Anônimo disse...

Pelos seus comentários, é bom ver brasileiros com obras tão densas. Facilita bastante por aqui.

OBS1:É, eu não tenho aparecido muito.
OBS2:Estou assistindo Metropolis com comentários. Filme interessante, tem até roteirista que depois vira pró-nazi. Ouvi que compraram direitos pra fazer um remake.

Abraços.

Matheus

Jorge Fernandes Isah disse...

No primeiro capítulo, quase uma introdução, o Dr. Heber Campos faz uma apanhado da disputa quanto à pessoa de Cristo [Cristologia], apontando o desenvolvimento de heresias, como as de Nestório, Êutico, etc; e os credos formatados em concílios eclesiásticos que refutavam tais distorções, afirmando os princípios da fé cristã a partir da Escritura, mais diretamente pelo testemunho neotestamentário dos apóstolos.

O livro trata também da questão da "unio personalis" de Cristo, a saber, a união hipostática entre as duas naturezas, divina e humana; e uma parte muito interessante chamada "Aplicação", quase ao fim do capítulo, em que o autor discute as causas, consequências e reflexos dos erros doutrinários na Igreja, apelando, biblicamente, para o cuidado e zelo que os crentes têm de ter com a sã doutrina, refutando, rejeitando, apartando-se e evitando não somente os erros, mas aqueles que também os propagam falsa e fraudulentamente.

É um capítulo introdutório, fundamental para o bom entendimento dos demais pontos a serem abordados pelo autor.

Mais uma vez, o Dr. Heber Campos escreve de forma clara, pastoral e didática, sobre um tema que gerou muitas controvérsias, e ainda gera outras tantas, no seio da Igreja.

Jorge Fernandes Isah disse...

Postagem no meu blog principal, KÁLAMOS, sobre "A vontade Cristo", um dos temas abordados pelo Dr. Heber Campos. Para ler, acesse
http://kalamo.blogspot.com/2010/07/vontade-de-cristo.html

Jorge Fernandes Isah disse...

Há alguns conceitos do Dr. Heber que me parecem muito confusos, em decorrência do próprio tema, reconheço. Acontece que alguns pontos ligados à personalidade de Cristo são transferidos para uma de suas naturezas, implicando em duplas emoções, sentimentos, vontades, etc, que o tornam, ao meu ver, em uma dupla pessoa, com dupla personalidade.

Esboço algumas considerações sobre o tema no texto citado acima, mas há muito mais a ser dito, ao menos, a ser pensado.

De qualquer forma, toda a doutrina, ou melhor, o desenvolvimento dela se faz a partir da Escritura, mas meio que a parte dela. O que não a inviabiliza, mas nos deixa numa posição de vulnerabilidade, pois não são conceitos claramente definidos na Bíblia.

Pude ler que a eternidade de Cristo [sua natureza divina] mantém-se intacta pelo fato das naturezas não se misturarem, portanto, não há inserção ou fusão delas, o que não compromete a eternidade do Filho de Deus. Mas é algo que ainda preciso meditar.

Heitor Alves disse...

Jorge Fernandes Isah.

O Blog dos Eleitos indicou também seu blog como um dos melhores blogs cristãos calvinistas.

Abraços.

Jorge Fernandes Isah disse...

Heitor,

muito obrigado pela indicação. É uma grande honra!

Grande abraço!

Cristo o abençoe!

Leonardo Bruno Galdino disse...

Jorge,

Li cerca de 1/5 do livro, mas tive que parar. Motivo? Bom, poderia citar vários, mas o principal talvez seja o fato de o Heber ser muito repetitivo e prolixo - o que não tira, evidentemente, as qualidades do livro, muito menos a importância do tema. Mas confesso que ele me ensinou distinções importantes que devem ser feitas em se tratando desse assunto.

Vou ver se consigo terminar de lê-lo para voltar aqui com uma opinião mais abalizada e justa. Mas por enquanto, é isso o que penso.

Abraços!

Jorge Fernandes Isah disse...

Leonardo,
Concordo contigo que há repetições e um pouco de "enrotion", mas, convenhamos, o tema é espinhoso e já suscitou verdadeiras "batalhas" na história da Igreja. Já li 2/3 do livro, mais ou menos, e tem tanta coisa que ainda não me desceu [rsrs]... A prova são alguma postagens que fiz no Kálamos sobre o assunto, as quais deram "pano para manga".
Bem, vamos nos falar... quem sabe eu não leio uma parte e faço um resumo para você, e você lê outra e resume para mim? [rsrs] Assim a coisa anda mais rápida.

Grande abraço, meu irmão!
Cristo o abençoe!

PS: Ao meu ver, o Dr. Héber, juntamente com o Hermisten e o Paulo Anglada são os melhores teólogos brasileiros.

Leonardo Bruno Galdino disse...

Jorge,

De fato, o assunto é muito polêmico e requer muita coragem para se falar sobre. Ainda não li teus textos que deram "pano pra manga". Manda os links depois, ok? E gostei da ideia de compartilhar os resumos. Vamos ver se dá certo. rsrs!

Abraços!

PS: Dos três teólogos que você citou, eu diria que o Heber é o mais corajoso (e por isso mais autêntico, digamos) - embora não seja o meu favorito.

Jorge Fernandes Isah disse...

Leonardo,

envio-lhe por email os links, e a quem possa se interessar, basta dar uma chegada no meu blog principal, Kálamos, ir na caixa "Textos Selecionados", clicar em "Cristologia e Soberania de Deus" para ler os textos.

Dos brasileiros, para mim, são esses três os melhores. Mas tem muita gente que ainda não li... pode indicar o seu preferido ou preferidos?

Abraços

Leonardo Bruno Galdino disse...

Jorge,

Agora você me pegou! rsrs! Essa questão é complicada, porque são poucos os teólogos aqui no Brasil que realmente produzem/publicam obras de teologia propriamente dita, senão alguns ensaios em periódicos teológicos e afins. Mas a esse time seu aí eu acrescentaria o Dr. Augustus Nicodemus e o Franklin Ferreira, os quais aprecio bastante.

Do Hermisten, gosto de sua imensa capacidade de pesquisa, mormente seu interesse por Calvino, o que muito me atrai (aqui no Brasil o Hermisten é imbatível nesse quesito, segundo penso). Gosto até mesmo das suas extensas notas de rodapé (veja só!), que em muitos casos acabam nos trazendo detalhes que poderiam muito bem constar em primeiro plano. Mas talvez seja isso o que acabe "estragando" ele, pois, de tanto ele citar, citar e citar acaba sendo difícil para o leitor captar o que de fato ele (Hermisten) esteja construindo. É por esse motivo que o enxergo muito mais como um pesquisador do que como um teólogo. O mesmo não poderia ser dito de um Hodge ou um Bavinck, entende?

Nesse sentido eu digo que, desses que citamos, talvez o que mais "se arrisque" seja mesmo o Heber (o que, repito, não o torna em meu favorito). Isso pode ser atestado ao se ler qualquer um dos livros dele, embora seja oportuno dizer que, por vezes, tem-se a sensação de que Berkhof (e.g.) esteja soprando em seus ouvidos. Mas ainda assim ele arrisca uma opinião. E como arrisca! Gosto também de sua maneira de fazer teologia sistemática, partindo de comentários exegéticos do texto bíblico. Mas não gosto tanto dele como escritor, e aqui falo de fluência e agradabilidade textual. É gostoso ler Hermisten, ao passo que Heber nem tanto - embora não deixe de ser instrutivo, claro.

O Anglada vai na mesma linha do Hermisten, só que vejo aquele um pouco mais teólogo do que este. Seus livros sobre a Pregação e Hermenêutica reformadas, frutos de sua tese de doutorado (Westminster Theological Seminary), são distintos entre os autores nacionais, certamente.

Quanto ao Augustus, destaco seus comentários bíblicos, embora eu possa discordar deles em um e outro ponto, de repente (só "de repente", tá? rs!). Dentro da área dele, a saber Novo Testamento e Hermenêutica, penso que ele seja uma das (senão a) maiores autoridades aqui no Brasil - o que pode ser constatado pelo livro A Bíblia e seus intépretes (em minha opinião, um clássico nacional) e pela série Interpretando o NT, ambos lançados pela Cultura Cristã.

Incluí o Franklin aqui pelo fato de ele se aventurar em diversas frentes, e em todas muito bem sucedido. Mas Teologia Histórica e Sistemática são mesmo o seu forte. Exemplo disso é a sua Teologia Sitemática (Vida Nova) que ele escreveu junto com Alan Myatt. Apesar de eu não tê-la (só li trechos), ouço de colegas reformados que é uma grande obra, com uma abordagem bastante interessante que inclui apologética e cosmovisão, algo difícil de ver em outras TSs mais famosas.

É mais ou menos por aí que vou, Jorge. Mas certamente há muito (muito? rsrs!) o que se incluir aqui - o que farei à medida que for conhecendo e apreciando outros autores. Agora é a tua vez de tecer comentários. hehe!

Abraços!

Jorge Fernandes Isah disse...

Rapaz,

depois de uma resenha dessa, tu achas que sou louco? [rsrs]
Vou é ficar caladinho para não falar besteira [rsrs].
Mas de uma forma geral, acho que sua análise está correta. O que vale dizer que não há ainda, no Brasil, um grande teólogo reformado.

Abraços.

Leonardo Bruno Galdino disse...

Desse jeito é covardia, Jorge! Só quer que eu dê a cara a tapas? rs! Talvez eu esteja na esteira do Heber, no quesito coragem. hehe!

Mas se por "grande teólogo reformado" você quer dizer um Owen ou Bavinck da vida, então não temos mesmo. Mas não vejo isso como um grande problema. Importa que os que temos sejam fiéis à Escritura, e penso que estes que listei o sejam. Procurei colocar aqui um pouco do que penso sobre eles, só isso. Se eles porventura passarem por aqui, deverão entender (assim espero! rs!).

Abraços!

Jorge Fernandes Isah disse...

Leonardo,

duvido que apanhas mais do que eu... se eu fosse mulher, seria de malandro [rsrs].

Ah, eu não estou falando de Owen ou Bavinck, não; mas ainda acho os meus três indicados os melhores.

Quanto a visitarem aqui, duvido muito. Dos que citei, nunca ouvi dizer que sejam fãs de sites ou blogs. Dos que você citou, sei que o Dr. Nicodemus e o Franklin têm trabalhos na net, mas nos meus minifúndios não apareceriam, garanto.

Então, fica tranquilo... a menos que um dedo-duro resolva enviar sua análise a eles. Mas são crentes, posso garantir, e não haverá represálias [rsrs].

Abraços.

Após a leitura, classificarei os livros assim:
Péssimo [0] Ruim [*] Regular [**] Bom [***] Muito Bom [****] Excelente [*****]